Entrei oficialmente para o mercado de trabalho aos quatorze anos. Como uma meliante, sem conhecimento da mãe, chamei vovó para assinar como minha responsável para que a indústria de calçados registrasse minha carteira de trabalho pela primeira vez; Ouvi sermões da mãe, durante anos, porque eu deveria ter terminado os estudos primeiro.
Naquela época (sim, faz muito tempo!), procurávamos trabalho batendo na porta da empresa e oferecendo nossa mão de obra. O primeiro currículo que enviei, já morava em Porto Alegre, lá por 2004. A foto era indispensável e teus cursos e experiências não podiam exceder uma página. Quem tinha conhecimento em word, excel, estava noutro patamar.
Como gerente, eu recebia muitas curiosidades; numa delas, a candidata grampeou uma foto 10 x 12 ao currículo! Não, não era uma impressão, era a foto original! Por ela não ter experiência comprovada como modelo, muito menos eu uma vaga para tal ou qualquer outra vaga, o currículo foi arquivado e depois de alguns meses, descartado. “Quanto dinheiro essa guria gastou!”, divaguei eu.
Alguns anos depois, a foto foi totalmente dispensável e recrutadores passaram a visitar os perfis dos candidatos no facebook. Ficou aceitável e totalmente compreensivo, o currículo ter duas páginas, desde que se cumprisse algumas regras: três ou no máximo quatro últimas experiências, cursos apenas os mais recentes.
O vídeo currículo já está sendo solicitado pelas grandes empresas a altos cargos, e tende a expandir para todos os níveis.
Com o avanço da tecnologia, o currículo muda mais uma vez! Os recrutadores agora, querem ver tua performance via vídeo!
O vídeo currículo já está sendo solicitado pelas grandes empresas a altos cargos, e tende a expandir para todos os níveis.
As dicas continuam as mesmas:
– Sejas objetivo. No máximo, dois minutos de vídeo;
– Nada de superprodução. Atente apenas para que estejas apresentável e o local organizado (sem bagunça na cama ou sofá!);
– Fale naturalmente. Treine com alguém ou coloque esse alguém atrás da câmera;
– Siga um roteiro;
Sem medo de entregar a idade: no meu tempo gastávamos sola de sapato. Hoje, apenas o wifi.