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‘Thunderbolts*’ manda um recado para todos: A Marvel voltou!

Com um elenco imprevisível e um enredo cheio de reviravoltas, ‘Thunderbolts*’ devolve à Marvel a energia de seus melhores dias

Leonardo Minhotti por Leonardo Minhotti
04/05/2025 - 20:14
em Opinião
David Harbour, Hannah John-Kamen, Sebastian Stan, Florence Pugh e Wyatt Russell (da esquerda para a direita) em 'Thunderbolts*'. ©️ Marvel Studios

David Harbour, Hannah John-Kamen, Sebastian Stan, Florence Pugh e Wyatt Russell (da esquerda para a direita) em 'Thunderbolts*'. ©️ Marvel Studios

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Thunderbolts*, novo capítulo do universo cinematográfico da Marvel, começa em ritmo acelerado, arremessando a agente especial Yelena Belova (Florence Pugh) de um arranha-céu em Kuala Lumpur, Malásia, antes mesmo de vermos Bucky Barnes (Sebastian Stan) lidar com sua prótese metálica da forma mais mundana possível — colocando ela na lava-louças. Depois, somos levados a um evento luxuoso que se desenrola na antiga Torre dos Vingadores, agora propriedade privada de Valentina Allegra De Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), figura influente da CIA e articuladora dentro do tabuleiro político e militar do MCU. Transformado em local de exposição, o saguão do prédio é ocupado por peças e artefatos da Batalha de Nova York, servindo como símbolo de glórias passadas e parte de uma estratégia calculada por Valentina. A fachada nostálgica de gala esconde uma tentativa de reposicionar os super-heróis dentro de uma lógica institucional e cínica, diferente daquela impulsionada por ideais como os de Tony Stark ou Steve Rogers.

Esse gesto — o de tentar recuperar o espírito de uma era fundadora do MCU — não é sutil. Quem se lembra da euforia em torno de Os Vingadores, lançado há mais de uma década, sabe que aquele momento foi um divisor de águas para o cinema de entretenimento. A Marvel conseguiu o feito de unir heróis consagrados em uma narrativa coesa e vibrante, e, com isso, criou um modelo replicado exaustivamente desde então. Só que a fórmula cansou. Os últimos anos foram marcados por experimentos narrativos desiguais e uma crescente sensação de saturação. Thunderbolts*, por sua vez, parece consciente desse desgaste. Em muitos momentos, parece quase um comentário metalinguístico sobre o próprio MCU, como se os personagens e a direção estivessem visitando um memorial daquilo que um dia foi vibrante e transformador. Há, inclusive, uma espécie de recriação da famosa montagem dos Vingadores, agora com um elenco mais excêntrico: um super-soldado russo parrudo, sua filha com veneno na alma, um substituto juvenil do Capitão, um homem com braço dourado e uma figura translúcida que desafia a física. A cena espelha o passado, mas com uma dose de ironia e melancolia que o torna muito mais do que homenagem.

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Felizmente, essa tentativa de evocação do passado não se limita à pura nostalgia. Apesar de tropeçar em alguns excessos e imperfeições que fazem jus à instabilidade do universo recente da Marvel, o filme encontra momentos genuínos de intensidade, humor e energia. E, talvez o mais importante, ele consegue funcionar por si só. Sim, ele carrega conexões com a trama maior, acena para o futuro com uma cena pós-créditos estratégica, mas não exige que o espectador traga consigo um mapa detalhado do cânone para entender ou se envolver. O equilíbrio entre o que já foi e o que está por vir é habilmente manejado, tornando Thunderbolts* um híbrido interessante, tanto uma celebração de um universo quanto uma espécie de tentativa de correção de rota. E, no processo, o filme parece responder a uma pergunta implícita, há espaço para heróis menos óbvios? A resposta é mais afirmativa do que se poderia esperar, talvez porque esses personagens “de fundo” têm agora a chance de ganhar complexidade.

De fato, não há como negar o paralelo entre os Thunderbolts e o Esquadrão Suicida, da DC Comics. A semelhança vai além da estrutura, ambos os grupos reúnem figuras dúbias, com passado comprometido e moral questionável, unidas por conveniência e controle. A versão da Marvel conta com nomes já conhecidos: Bucky, Yelena, o exuberante Alexei Shostakov (David Harbour), o impulsivo John Walker (Wyatt Russell) e a misteriosa Fantasma (Hannah John-Kamen), todos já apresentados anteriormente, mas agora organizados sob uma nova narrativa. Valentina, nesse contexto, cumpre o papel de condutora maquiavélica, puxando os fios nos bastidores, mas sem sujar as mãos diretamente. Ao invés de formar um time com propósitos claros, ela manipula peças soltas, colocando elas umas contra as outras para eliminar ameaças e manter sua posição segura diante das investigações do Congresso. O jogo, claro, não segue o roteiro previsto. A tensão entre os membros aumenta, alianças improváveis se formam e a missão oficial se dissolve em um conflito de interesses e sobrevivência.

No momento em que os “Thunderbolts” percebem que estão sendo usados, surge o verdadeiro drama do filme. Eles precisam se proteger de um sistema que os descarta e aprender a confiar uns nos outros. Nesse caos, surge Bob (Lewis Pullman), um personagem esquisito e quase deslocado, que parece ter tropeçado na trama por acaso — de pijama, inclusive. Ele é um mistério ambulante, cujas motivações são tão nebulosas quanto suas ações. A ligação de Bob com um projeto ultra-secreto chamado “Sentinela” talvez seja a chave para o que está realmente em jogo — uma conspiração que Valentina quer desesperadamente apagar da existência. Quando Bucky, avisado pela personagem de Geraldine Viswanathan, decide abandonar seu papel institucional e se junta ao grupo, as peças se reorganizam. Ao lado do pai de Yelena, que agora atua como motorista de limusine com entusiasmo cômico, o grupo ganha uma nova configuração. Bob, aparentemente o mais inofensivo da equipe, pode ser, paradoxalmente, o catalisador mais poderoso e imprevisível da história.

Assim como Nick Fury sabia que montar um time de heróis exigia mais do que superpoderes, o filme também entende que a força de um elenco de conjunto está no equilíbrio entre suas personalidades. E nesse quesito, Thunderbolts* acerta com mais precisão do que os últimos filmes do estúdio. Sebastian Stan entrega um Bucky mais introspectivo, carregado de angústia. David Harbour assume a comicidade com energia, sem soar forçado. Wyatt Russell continua desenvolvendo o amargurado John Walker com nuances interessantes. Lewis Pullman se destaca com sua combinação de inocência e ameaça velada. Hannah John-Kamen, mesmo com pouco destaque, cumpre seu papel com eficácia. Geraldine Viswanathan aparece menos do que deveria, considerando seu carisma, mas ainda assim brilha. Já a direção de Jake Schreier surpreende ao entregar sequências de ação mais fluídas e menos genéricas, finalmente devolvendo ao MCU cenas com ritmo, peso e propósito. E, claro, Julia Louis-Dreyfus continua roubando todas as cenas com sua mistura de sarcasmo refinado e arrogância encantadora, transformando Valentina em uma vilã tão divertida quanto perigosa.

O grande trunfo do filme, no entanto, é Florence Pugh. Desde sua estreia em Lady Macbeth, ela vem demonstrando uma impressionante capacidade de transitar entre o drama intenso e a leveza cômica. Em Thunderbolts*, essa versatilidade se torna ainda mais evidente. Yelena é tanto o coração quanto a consciência moral torturada do grupo. Pugh injeta na personagem uma humanidade que transcende o estereótipo da espiã assassina. Há dor, sarcasmo, dúvida e esperança em sua atuação, e isso dá ao filme uma dimensão emocional que muitos blockbusters recentes da Marvel tentaram, mas não conseguiram alcançar. Sua presença ancora e eleva a narrativa. Mesmo sendo óbvio que a atriz não precisa mais do MCU para brilhar, sua entrega demonstra um respeito pelo material e pelo público que faz toda a diferença. Quando o filme mergulha nos traumas dos personagens, é ela quem segura o peso dramático com mais firmeza, sem jamais perder o tom.

Chegamos ao detalhe mais estranho, e talvez mais revelador, do título: o asterisco. Não é apenas uma afetação gráfica, mas um símbolo da transitoriedade do projeto. Indica que este time, essa formação, esse capítulo do MCU ainda está em construção. Pode ser substituído, expandido ou simplesmente descartado. Há um senso de incerteza que permeia toda a obra, como se o filme reconhecesse que está tentando recuperar algo perdido. Ao mesmo tempo, há uma intenção clara de interromper a inércia criativa que dominou a Marvel nos últimos tempos. O que se vê aqui não é um triunfo absoluto, mas é um passo ousado e consciente na direção certa. Se não é um retorno completo à forma, é pelo menos um retorno à intenção e à energia que fizeram do MCU um fenômeno. E isso, para um universo em franca crise de identidade, já é um avanço significativo.

Thunderbolts* manda um recado para todos: A Marvel voltou!

 

‘Thunderbolts*’ Disponível no Arcoplex Cinemas do Shopping do Vale.

Leonardo Minhotti

Leonardo Minhotti

Crítico de Cinema, Jornalista.

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