“Adotei Gravataí, a cidade está em meu coração”. A paixão do ator Sirmar Antunes, de 64 anos, pela nossa Aldeia é tanta que nem mesmo quando atuou na novela global Como uma Onda, em 2004, ele se afastou da vida no bairro Bonsucesso. “Gravava alguns capítulos e voltava para Gravataí, continuei morando na cidade durante toda a novela”, conta Sirmar.
Também na Globo, entre outros trabalhos, ele participou do Especial de Natal da Xuxa, em 2009, ao lado do também ator gravataiense Paulo Adriane. Mas sua carreira vai muito além disso: Sirmar tem na bagagem atuações em dezenas de peças de teatro, 18 longas e mais de 20 curtas. “Tudo começou em 74, em um grupo de teatro de rua de Canoas. A gente movimentava a cultura por lá”, recorda. Dali, foi para o Teatro de Arena, em Porto Alegre, onde participou de peças como O Evangelho Segundo Zebedeu e Jornada de um Imbecil até o Entendimento. Já em 2012, atuou em O Coração de um Boxeador, que lhe rendeu indicação na categoria Melhor Ator no Troféu Açorianos.
No cinema, seu primeiro trabalho de destaque foi O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, de 86, um curta de Jorge Furtado. Mas o grande divisor de águas foi a atuação no longa Lua de Outubro, de 97. Foi quando, além do teatro, Sirmar consolidou seu nome no cinema nacional. Ao longo da carreira, também recebeu prêmios de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema do Recife, em 2002, por Netto Perde Sua Alma, o de Melhor Ator no Prêmio Histórias Curtas em 2003, por Ponto de Vista, e de Melhor Ator da Mostra Gaúcha 2018 com o curta O Grito.
De Gravataí, cidade que tanto ama, a homenagem veio no ano passado, durante a Feira do Livro. “Foi um grande abraço que a cidade me deu”, emociona-se.
Em fotos, veja um pouquinho da trajetória de Sirmar pelos palcos da vida:
A filmografia de Sirmar
- 1979 — Domingo de Grenal, de Pereira dias.
- 1986 — O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, curta de Zé Pedro Goulart e Jorge Furtado.
- 1997 — Lua de Outubro, de Henrique de Freitas Lima.
- 1998 — Quadrilha, curta de Mariangela Grando.
- 1999 — Tolerância, de Carlos Gerbase.
- 2001 — Netto Perde sua Alma, de Beto Souza e Tabajara Ruas (Sirmar recebeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema de Recife).
- 2003 — Ponto de Vista, curta de Betânia Furtado (Melhor Ator no Prêmio Histórias Curtas, da RBS).
- 2004 — A Retirada, de Christian Rolando Coelho.
- 2004 — Concerto Campestre, de Henrique de Freitas Lima.
- 2005 — A Última Estrada da Praia, de Fabiano Souza.
- 2007 — Valsa para Bruno Stein, de Paulo Nascimento.
- 2008 — Netto e o Domador de Cavalos, de Tabajara Ruas.
- 2009 — A Invasão do Alegrete, curta de Diego Müller.
- 2009 — Antes que Chova, curta de Daniel Marvel.
- 2009 — Em Teu Nome, de Paulo Nascimento.
- 2010 — Enquanto a Noite Não Chega, de Beto Souza.
- 2012 — Amores Passageiros, curta de Augusto Canani.
- 2014 — Gostos, curta de Patsy Cecato.
- 2014 — Os Senhores da Guerra, de Tabajara Ruas.
- 2015 — Fábula de Porongos, curta de Manuela Furtado.
- 2016 — A Superfície da Sombra, de Paulo Nascimento.
- 2016 — Pedro Sobre a Cama, de Paulo Pons.
- 2017 — Cidade Baixa: Som e Boemia, curta de Fausto Prado.
- 2017 — Em 97 Era Assim, de Zeca Brito.
- 2018 — A Cabeça de Gumercindo Saraiva, de Tabajara Ruas.
- 2018 — Cidade Dormitório, de Evandro Berlesi.
- 2018 — Grito, curta de Luiz Alberto Cassol (Melhor Ator na Mostra Gaúcha do Festival de Gramado).
- 2018 — Sirmar: O Lanceiro Negro, documentário de Frederico Restori.