Cada período do ano tem suas peculiaridades. Principalmente aqui no Rio Grande do Sul, onde passamos de um extremo ao outro. Mas, creio que o período preferido da grande maioria das pessoas seja a primavera. É só dar uma caminhada pelas ruas para perceber que até o semblante das pessoas parecem alterar. A primavera é um ótimo período para motivações, criatividade e interações.
Principalmente interações, já que, ao mesmo tempo em que vivemos constantemente conectados, também parece que vivemos cada vez mais distantes – mesmo sem pandemia. Não apenas distanciamento, mas também um individualismo que poderia ser deixado de lado. Ao contrário da introspecção do inverno, onde ficamos com as casas fechadas, encolhidos dentro de quilos de roupas das quais mal podemos nos movimentar, a primavera é um gatilho para um comportamento oposto. E é preciso adotarmos esse comportamento. Não gostamos de inspirar uns aos outros, muitas vezes até imitar? Pois imitemos um posicionamento onde sorrisos prevaleçam.
Na primavera os sabiás cantam antes do sol nascer. Mas não é incômodo. Pelo contrário, presto atenção na cantoria e na demonstração de interação deles. Aquela interação que precisamos buscar uns com os outros. E com ela uma convivência mais harmoniosa.
Na primavera os sabiás cantam antes do sol nascer. Mas não é incômodo. Pelo contrário, presto atenção na cantoria e na demonstração de interação deles. Aquela interação que precisamos reforçar uns com os outros. E com ela uma convivência mais harmoniosa.
Entendo que na teoria pode parecer fácil, que muitos rabugentos de plantão dirão que a vida não é um mar de rosas e que as contas não param de chegar durante a primavera, nem as instituições financeiras reduzem os juros nesta estação buscando um acordo de paz e amor com seus clientes. Entendo mesmo. Porém, pode não ser um mar de rosas, mas o fato de estarmos desfrutando da vida já é um motivo para comemorar. E não podemos desperdiçar esse tempo.
Costumo sempre reforçar que é preciso tentar sempre buscar um ponto de equilíbrio em tudo. Se isso é mera teoria não importa. Mas vale lembrar que muito do que temos hoje foi construído com base em teorias que, se não fossem aceitas, por causa de críticos, estariam fadadas ao fracasso. Portanto, vamos tentar reclamar menos e interagir mais, nem que seja até o próximo inverno.
