Poder de (auto)atração

*Por Eduardo Stelmack

Ser bonito e atraente é o grande desejo nos tempos de redes sociais e compartilhamentos massivos de fotos. São caras e bocas e tantos biquinhos que, se pararmos para pensar, o bonito está começando a se tornar feio. No sentido de vergonha alheia e comicidade.  Pois se trata apenas de uma questão de aparência e de chamar atenção. Custe o que custar.

Li uma reportagem que apresentava uma lista com nove coisas que, segundo a ciência, deixam as pessoas menos atraentes. Me chamou a atenção para a leitura o fato de serem fatos comprovados cientificamente. Por isso resolvi ler na íntegra, além de só a chamada principal como costumamos fazer com as notícias em nossa timeline.

Não citarei todas, só as mais interessantes. Aquelas que acredito serem realmente importantes – no meu ponto de vista – para melhorar a atração, não no sentido sexual, mas social. Melhorar nosso convívio com outros seres humanos. Pois parece que andamos esquecendo um pouco de como isso funciona.

Diz o texto que pessoas com aparência estressada são menos atraente. Parece óbvio, sim. Mas sempre é bom lembrar, já que é quase uma tendência de hoje em dia ser estressadinho e ainda gostar de afirmar isso com um certo orgulho.

Outro detalhe apontado – não tão óbvio assim – é que demonstrar-se extremamente feliz não transforma ninguém em um ser apaixonante. Um estudo utilizando fotos, mostrou que as pessoas que apareciam com posturas muito felizes e orgulhosas eram escolhidas como as mais feias. Claro que não precisamos nos tornar seres rabugentos, apenas não forçar a barra. Ser natural e tentar se aparecer menos já está ótimo. Todos identificam falsas alegrias nos outros. E é coisa bem feia mesmo.

E a mais importante entre todas as coisas que deixam alguém menos atraente é não ter senso de humor. Apesar de ainda existirem pessoas que se acham o máximo justamente por estarem sempre sérios e rabugentos. Dizem que são refinados e não riem por qualquer coisa. Mas parece que não é bem assim. Fica a dica para o povo estressadinho.

O que fica claro mesmo é a necessidade de encontrarmos um equilíbrio. Sermos nós mesmos e aprendermos a lidar com nossos defeitos e os defeitos dos outros.

E, sem sombra de dúvida, aprender a não dar tanta importância para listas de supostas pesquisas que encontramos em revistas ou para textos de opinião como este que você acabou de ler.