E se…

Dúvidas. Dúvidas. E mais dúvidas. Quanto mais o tempo avança, mais aumentam as dúvidas. São diferentes tipos de opções para tudo. Do creme dental ao sabor do churros. Sim, pois agora existem churros gourmet, com opções até salgadas. Churros salgados. Salgados. E assim vamos enchendo nossas cabeças de indecisões que ficam cada vez mais complexas e com cada vez maior capacidade de nos fazer pensar se escolhemos o certo. Como se houvesse uma certeza sobre o certo e o errado. Existem apenas escolhas. Mas muitos ficam se perguntando como seria se tivesse feito uma opção diferente.

E se… eu tivesse aceitado aquela oportunidade de emprego? E se… eu tivesse largado aquele emprego para fazer aquela viagem para a Austrália? E se… eu tivesse economizado 10% do meu salário desde o primeiro emprego? E se… eu tivesse escolhido o churros salgado? Ouço amigos falando “e se..” toda vez que os vejo. Tem pessoas que falam mais essa expressão do que um “bom-dia”. O que pode ser apenas um gatilho para angustias sem sentido.

Nem todas as coisas são tão simples. Apenas não precisamos deixar ainda mais complicadas

Quanto menos nos questionarmos sobre como seria se tivéssemos feito determinada opção, mais leve levaremos nossas vidas. E é disso que precisamos. Leveza. E não de ansiedade. Se determinada escolha foi feita, foi porque no fundo era aquilo que você achou que era melhor naquele momento. O momento. Pensemos mais no momento, por favor. E, convenhamos, nada mais chato do que uma pessoa que fica lamentando em nossa volta, se arrependendo de tudo. Como se ela fosse dona de todos os problemas do mundo, e os outros vivessem em um mar de rosas.

Claro que, em determinados momentos é necessário fazermos reflexões mais aprofundadas antes de certas escolhas. Nem todas as coisas são tão simples. Apenas não precisamos deixar ainda mais complicadas. De complicado já basta decidir em comer ou não um alimento que a vida inteira foi doce, e, agora, tem sua versão salgada.