Zaffa cobra respostas do Governo Federal sobre a indefinição de datas sobre a vacina

O prefeito Luiz Zaffalon participou de uma reunião online com o governador Eduardo Leite e demais prefeitos da Região Metropolitana para tratar sobre os protocolos de segurança relacionados à covid-19 no estado. O encontro, solicitado pelo prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo, ocorreu na manhã desta quarta-feira, 6, e teve como pautas vacinação e flexibilização de normativas para as cidades que participam de cogestão do distanciamento controlado e se encontram na bandeira vermelha.

Zaffalon demonstrou a sua preocupação em discutir o assunto, principalmente no que diz respeito à vacinação da população. “Gravataí está atenta às medidas dos governos estadual e federal, assim como estamos participando de todos os grupos de trabalho possíveis (como o da Famurs, Grampal e Governo do Estado), na intenção de minimizar os riscos de contágio e os efeitos na economia.”

A respeito da vacina, o governador reiterou que o Ministério da Saúde (MS) deve coordenar e resolver as questões logísticas, tendo em vista os 47 anos de experiência em programas de vacinação nacional. De acordo com ele, para que situações como a da compra de respiradores sejam evitadas, em que foram descobertos diversos esquemas de corrupção, ou ainda foram adquiridos equipamentos ineficientes para o combate a doença, é necessário que a Federação assuma o controle. “Com isso, a possibilidade de fraude seria reduzida significantemente, além do fato de que a maioria das cidades do Rio Grande do Sul não têm recursos para a aquisição da vacina.”

Quanto a seringas e agulhas, o Rio Grande do Sul tem um estoque de 4 milhões. O número é o suficiente para a primeira fase de imunização no estado. O mesmo prevê a contratação para a compra de mais 10 milhões ainda esta semana.

Volta de servidores ao trabalho

Com a redução das internações por Coronavírus em Porto Alegre e na região metropolitana, o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, solicitou a Eduardo Leite o aumento dos índices de servidores públicos trabalhando que não apresentem comorbidades de saúde. “É consenso entre os prefeitos a necessidade e a possibilidade da volta dos funcionários aos órgãos do governo devido à melhora no cenário da doença”, afirma Zaffalon. O governador concordou com a solicitação, porém frisou que ainda é necessário muita cautela e rigor com o cumprimento dos protocolos.

Eduardo Leite ainda destacou que, inicialmente, os decretos estaduais eram impositivos. “Em um segundo momento, foi colocada a cogestão com os prefeitos. Agora, neste momento, estamos em um processo natural de liberdade e abertura para que os prefeitos possam tomar suas decisões, porém sempre avançando baseados e orientados por dados científicos apresentados”, disse o governador.

Data de liberação da vacina

A falta de definição de data para a liberação da vacina pelo MS também esteve entre os assuntos conversados na reunião virtual. “Nós, os prefeitos, manifestamos a preocupação com a demora e a falta de definição do Governo Federal. É compreensível que devemos aguardar, porém não indefinidamente. Pedimos ao governador que pressione o MS”, salientou Zaffalon.  Também foi solicitado um “plano B” (alternativa) sobre esse tema, que fosse elaborada pelo Governo do Estado, Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Antes do final da reunião, o governador Eduardo Leite informou aos prefeitos ter recebido um comunicado do Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que ainda nessa quarta-feira, 6, uma medida provisória será publicada, assim como uma coletiva de imprensa será realizada em Brasília, para anunciar o Plano Nacional de Imunização (PNI).