Com a retomada dos atendimentos descentralizados, mais de 300 multiplicadores (pacientes, familiares e partilhantes) foram acolhidos pelos 12 grupos de Saúde Mental Integral. Esse número refere-se ao mês de setembro, quando a Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), retomou esse serviço, que fez parte das atividades do Setembro Amarelo.
“O Setembro Amarelo é um mês para refletir, ajudar a entender o nosso próximo. Devemos, sim, fazer isso em todos os meses, todos os dias, todas as horas de nossa vida, mas este mês é marcado por lembrarmos de muitos acontecimentos que já presenciamos ou vem ao nosso conhecimento; muitas angústias, lutas diárias de muitas pessoas que desistem de viver”, destacou a agente de saúde Lurdirene dos Santos.
“Sou agente de saúde em Gravataí há oito anos e a depressão é um dos males que mais afligem nossa população. Muitas pessoas querem arrancar de sua vida aquela dor, aquela angústia que estão sentindo. E não é porque ele ou ela tem uma situação financeira razoável que não terá vontade de sumir, de acabar com aquela situação que, às vezes, nem ela sabe explicar.”, ressaltou Lurdirene.
Para o psicólogo Gerson Jung, que coordena a ação, ambientes saudáveis, como parques, sítios, associações, igrejas, praças, são essenciais para a realização destas ações que envolvem partilhantes, organizadores e sustentadores dos grupos, transformando os espaços públicos em terapêuticos e comunitários.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcelo Nascimento, que também participou da subida ao morro com outros conselheiros, aproveitou para convidar a todos para a Conferência de Saúde Mental que será realizada em dezembro, em Gravataí.
De acordo com a coordenadora da USF, enfermeira Márcia de Franceschi, a subida ao morro, uma iniciativa do Grupo Amizade, da Unidade São Marcos, ocorre há 14 anos. O grupo, criado 15 anos atrás, realiza encontros mensais com a comunidade, a exemplo das demais unidades, conforme ilustração.