Do campo para a mesa, caminho do leite passa por Gravataí

Politec, empresa localizada no Parque dos Anjos, fabrica e envia teteiras para todo o Brasil e também ao Paraguai

Luciano Camargo é sócio diretor da Politec, empresa de Gravataí que é uma das maiores fabricantes de teteiras do Brasil

O leite está no topo da lista dos produtos mais importantes da agropecuária brasileira — ficando à frente até mesmo do arroz e do café, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Detentor da maior população bovina do mundo, o Brasil também está entre os primeiros consumidores da bebida, ocupando a 4ª posição. Mas para que chegue até nossa mesa, o leite — e seus derivados — percorrem um longo caminho e tem uma peça fundamental produzida, em grande escala, aqui em Gravataí: a teteira.

A qualidade do leite está relacionada, entre outras razões, à rotina de ordenha, que envolve a saúde dos animais, o ambiente em que estão alojados e o equipamento utilizado na ordenha — e a teteira é peça fundamental para a execução desse processo. Em Gravataí, no Parque dos Anjos, a Politec fabrica 60 mil teteiras todos os meses, que são enviadas para todo o Brasil e também ao Paraguai. E a empresa, uma das maiores do Brasil no ramo, já projeta crescimento, conforme conta o sócio diretor Luciano Camargo. “Recentemente, investimos em uma nova máquina com capacidade para dobrar nossa produção”, revela. “Queremos, em breve, estar entre as 3 maiores do País”.

A crise do coronavírus mudou o consumo de leite no Brasil?

Pelo contrário! De acordo com pesquisa realizada pela Behup, empresa especializada em comportamento do consumidor, 22% dos consumidores aumentaram o consumo de leite durante a pandemia, 43,3% disseram que mantiveram a mesma quantidade e apenas 7,5% declararam que diminuíram o consumo de leite desde o inicio da quarentena.

Politec, de Gravataí, fabrica e envia teteiras para todo o Brasil e também ao Paraguai

O novo hábito de se cozinhar em casa também impactou o consumo de lácteos no país, seja pela finalidade de economizar ou até mesmo pelas restrições de deslocamento. Dos entrevistados nessa mesma pesquisa, 27,2% disseram que passaram a fazer mais receitas que utilizam leite.

Luciano sabe bem disso. A Politec iniciou suas atividades em janeiro do ano passado, três meses antes do estouro da pandemia. “No começo, foi aquele susto. Mas, seguindo todas as orientações de saúde e cuidados de prevenção ao coronavírus, seguimos com nossa produção, que só aumentou de lá para cá”, conta o empresário, que seguiu gerando empregos em nosso Município mesmo em meio à pandemia.

A preocupação com a saúde e o bem-estar estão cada vez mais presentes no perfil do novo consumidor. E os produtores sabem disso, por isso buscam a qualidade em seus equipamentos — entre eles as teteiras, produzidas pela Politec em borracha e silicone.

Gravataí: a escolha certa

Morador de São Leopoldo, o empresário encontrou em Gravataí o cenário ideal para fixar a Politec. “Além de ser grande polo econômico, é um ponto estratégico na questão logística. Com certeza, fizemos a escolha certa ao vir para Gravataí.”