Com ocupação superior a 500% no Hospital de Campanha, sistema hospitalar entra em colapso em Gravataí

Relato feito pela direção do Dom João Becker expõe o comprometimento e riscos das estruturas

O prefeito de Gravataí Luiz Zaffalon, em vídeo distribuído nas redes sociais na tarde desta sexta-feira, 12, deu a notícia que todos mais temiam, de que a estrutura hospitalar da cidade está em colapso, com 500% da ocupação dos leitos destinados a atendimento de pacientes acometidos pela Covid-19 no Hospital de Campanha. Pela manhã, o prefeito recebeu em seu gabinete o superintendente do Hospital Dom João Becker, Antonio Carlos Weston; o diretor técnico médico, Ricardo Gallicchio Kroef; e o diretor de operações, Oswaldo Luis Balparda. O relato: esgotamento total da estrutura.
“Se a situação já era preocupante, agora agravou-se ainda mais. É o pior dos cenários dentro do esforço de acolher e tratar os doentes de Covid. Vamos, juntos com o Becker e a Santa Casa, estudar as readequações possíveis para amenizar a situação, mas, neste momento, a realidade é que não há vagas de leitos em hospital em Gravataí”, ressaltou o prefeito. “Mais do que nunca, imploramos para que as pessoas se cuidem, tomando todos os cuidados de higiene e evitando aglomerações”, alertou.
Segundo o secretário de Saúde Régis Fonseca, “a situação é extremamente grave, apesar de, em um curto período de tempo, termos aumenta de 32 para 114 o número de leitos para internação de pacientes Covid”. Em média, são 35 pessoas acomodadas de forma precária no Hospital de Campanha aguardando por uma vaga em um leito. “Vamos seguir trabalhando durante o fim de semana, sempre em parceria com a Santa Casa, no sentido de fazer readequações e oferecer melhores condições aos nossos pacientes”, afirmou Régis.
O vice-prefeito Dr. Levi lembrou que na quarta-feira já havia sido feito o alerta de que a estrutura hospitalar de Gravataí estava na eminência de entrar em colapso, com todas as unidades de internação lotadas. “Isso reforça a necessidade de as pessoas terem o máximo de cuidado com a higienização das mãos com uso de álcool em gel ou água e sabão e evitar as aglomerações”, ressaltou Levi.