Vigilância Epidemiológica de Canoas pulveriza os bairros Guajuviras e São José

Ação visa combater a dengue, zika e chikungunya

Combate ao mosquito 'Aedes aegypti' ganha reforço dos agentes de combate às endemias — Foto: Vinicius Thormann

Por meio da equipe de Controle de Zoonoses da Unidade de Vigilância em Saúde, a Prefeitura de Canoas dedetiza nesta semana os bairros Guajuviras e São José a fim de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A aplicação do inseticida piretróide, de baixa toxicidade, iniciou na manhã desta segunda-feira, 11, em mais de 460 imóveis, após a vigilância epidemiológica e sanitária do Município registrar três casos consecutivos em moradores da região. A população deve atentar-se e, aproveitar o período de isolamento social, para identificar possíveis criadouros e evitar o acúmulo de água parada.

Segundo o responsável técnico pelo setor de Controle de Zoonoses e médico veterinário, Delmar Bizani, os agentes de combate às endemias realizaram, em um primeiro momento, a Pesquisa Vetorial Especial (PVE), identificando problemas nas residências que estão dentro do raio de 150 metros a partir dos casos confirmados. A segunda etapa do trabalho é composta pelo bloqueio químico vetorial, quando ocorre a borrifação de um produto inofensivo ao meio ambiente. “Após o levantamento feito pela equipe de domicílio em domicílio, pulverizamos a área para diminuir consideravelmente o número de mosquitos ainda na fase de larva”, explica.

Para a gestora da equipe de controle, Gabriela Hass, a comunidade canoense desenvolve um papel fundamental à redução dos transmissores das doenças virais no município. Pequenas ações preventivas como eliminar recipientes com líquidos, limpar quintais, caixas d’água, reservatórios, calhas, evitar que lixos sejam espalhados, usar repelentes e instalar telas nas janelas são determinantes para que não haja a proliferação do mosquito. “A preservação da saúde deve ser uma preocupação de toda sociedade e, portanto, utilizar a quarentena para revisar possíveis criadouros é excelente”, afirma.

“A preservação da saúde deve ser uma preocupação de toda sociedade e, portanto, utilizar a quarentena para revisar possíveis criadouros é excelente”

Diferentemente dos mosquitos comuns, o Aedes aegypti costuma medir menos de 1 centímetro de diâmetro e ser de cor preta ou marrom com listas brancas no corpo e nas patas. Ele tem hábitos diurnos e é mais ativo nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. Sua reprodução ocorre em água limpa e parada, a partir das fêmeas que colocam e espalham ovos nestes locais.

Outras ações para evitar o Aedes aegypti

Sintomas da dengue, zika e chikungunya

Os principais sintomas da dengue comum são: febre, acima dos 38ºC por mais de cinco dias; dores intensas atrás dos olhos e na cabeça; cansaço; dores fortes nos músculos; falta de apetite; e manchas vermelhas na pele. A dengue hemorrágica, versão mais perigosa, por sua vez, pode provocar sangramentos na boca, gengivas e nariz, dificuldade de respiração, fortes dores abdominais, confusão mental, boca seca e sede constante.

Os sintomas mais característicos de quem contrai o zika vírus são dores de cabeça moderada, coceira intensa pelo corpo, surgimento de manchas vermelhas na pele, dor nos ossos e nos músculos, dor de cabeça, conjuntivite e crescimento exagerado dos gânglios. A doença também pode ser passada geneticamente, de mãe para filho (microcefalia), por transplante de órgãos e medula óssea, transfusão sanguínea ou sexualmente.

Também com febre, dores de cabeça, musculares e nas articulações (principalmente nas mãos e pés), a chikungunya provoca náusea e inchaços também nas articulações.

O indivíduo que apresentar algum dos quadros citados acima deve procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.