Em Brasília, Jairo Jorge cobra critério igualitário na distribuição de vacinas contra a Covid-19

No Ministério da Saúde, prefeito destacou “tratamento anti-isonômico” que Canoas vem recebendo do governo do Estado, desde o início da campanha de vacinação, frente a outras cidades

Em reunião com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, nesta quarta-feira (11), em Brasília, o prefeito Jairo Jorge solicitou providências em relação aos critérios de distribuição das vacinas contra a Covid-19 destinadas a Canoas. Durante o encontro, foi entregue um documento demonstrando que o município tem recebido menos doses do que outras cidades de mesmo porte ou até menores. O resultado é o atraso na imunização da população em comparação a outras cidades gaúchas, que já estão vacinando faixas etárias menores.

No ofício, é demonstrado o “tratamento anti-isonômico” que Canoas vem recebendo do governo do Estado, desde o início da campanha de vacinação, frente a outras cidades. Também explica que, diante deste cenário, a Prefeitura já encaminhou três notificações ao Estado, desde abril, com o objetivo de receber um quantitativo de doses de acordo com o seu contingente populacional. “As questões foram expostas nos ofícios mencionados e reconhecidas pelo Governo, todavia não houve nenhuma correção do quantitativo de vacinas destinadas ao Município de Canoas”, diz o documento.

Com base nesses dados, o prefeito Jairo Jorge solicitou que o Ministério da Saúde cobre providências ao governo do Estado, a fim de destinar ao município de Canoas, na próxima remessa, que ocorrerá em 13 de agosto, doses de vacinas suficientes para estabelecer igualdade capaz de recolocar Canoas em terceiro lugar no recebimento de imunizantes, de acordo com os critérios populacionais.

Crédito: Divulgação/FNP

Em análise ao número de habitantes por cidade, tem-se que Porto Alegre possui a maior população, seguida por Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria. Porém, essa posição não se mantém no que se refere ao volume de vacinas recebidas. Canoas recebeu, por exemplo, 12,78% menos doses do que Pelotas, uma diferença de mais de 45 mil vacinas, mesmo tendo uma população maior.

“A saúde é a prioridade da nossa gestão. Por isso, os assuntos relacionados à busca de recursos e à justa distribuição de vacinas foram as principais demandas tratadas nesta quarta-feira em Brasília. Estamos enfrentando a pandemia, mas existe uma longa fila de canoenses esperando há anos por uma cirurgia ou uma consulta com especialista. Precisamos de recursos para avançarmos em nossos projetos de resgatar o atendimento adequado ao cidadão e à cidadã que precisa do SUS”, destacou o prefeito.