No Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, ocorrido nesta quinta-feira, 25, a Prefeitura de Gravataí, por meio da Casa Lilás (SGCOM), promoveu uma tarde de bate-papo para esclarecer o fluxo da violência doméstica no município. O evento, realizado no Sindilojas Gravataí, também, foi transmitido pelo Facebook e contou com a participação da coordenadora da Casa Lilás, Analú Sônego, e da juíza Luciana Barcellos Tegiacchi.
Durante a roda de conversa, as integrantes da Rede de Proteção à Mulher explicaram onde e como procurar ajuda em uma situação de agressão. A coordenadora da Casa Lilás, Analu Sônego, destacou a importância de as mulheres se informarem e reiterou que a Casa Lilás é, sim, a principal porta de acesso para as vítimas.
Sobre a importância de as demandas serem direcionadas, em um primeiro momento, para a Casa Lilás, a juíza Luciana Barcellos Tegiacchi destacou que: “é essencial que o primeiro atendimento seja realizado por pessoas capacitadas, pois isso possibilita uma escuta qualificada para as mulheres. E a Casa Lilás tem os profissionais mais adequados”, disse. A juíza destacou, ainda, que a informação é o principal caminho para uma proteção mais ampla. “Por vezes, a vítima move todo um processo criminal, quando, na realidade, a necessidade dela é outra”, falou.
A delegada Fernanda Generali destacou a importância de as vítimas denunciarem e se sentirem seguras para isso e que é neste momento que entra a Casa Lilás, que, além de encaminhá-las, de acordo com as suas necessidades, fornece o primeiro acolhimento e atendimento psicológico. “Na delegacia que, hoje, é a porta de acesso mais procurada pelas mulheres vítimas de violência, nós fazemos este primeiro atendimento e, também, encaminhamos para as demais esferas. Mas, apesar de termos profissionais capacitados para atender, reforço aqui que as mulheres procurem a Casa Lilás, que disponibiliza um atendimento mais amplo”, reforçou.
O assessor de Políticas Públicas para o Negro, Jairton Camisolão, trouxe para o debate os números de violência contra a mulher negra que vêm subindo a cada levantamento. “Nós trabalhamos com os olhares voltados para a população negra e já recebemos relatos de vítimas que sentem medo, não só de denunciar, mas do que vem após a denúncia, o que, algumas vezes, leva a vítima a retirar a medida protetiva”, disse.
Sobre as iniciativas para trabalhar a prevenção da violência, a soldado Janaina Bohn falou sobre um projeto da Patrulha Maria da Penha, do 17º Batalhão da Polícia Militar, que leva, às escolas, palestras relacionadas ao tema, visando conhecimento e, assim, uma maior conscientização por parte das adolescentes.
Também participaram do bate-papo, a defensora pública Adriana de Oliveira Schefer, a soldado da Patrulha Maria da Penha Janaína Bohn, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Gravataí, Samy Flack, e demais conselheiras.
