Município se consolida como município apoiador das práticas de aleitamento materno e alimentação complementar saudável
Gravataí tem se consolidado como município parceiro e fomentador das práticas de aleitamento materno e alimentação complementar saudável no SUS. Entre os municípios do Rio Grande do Sul, a cidade registra o maior número de unidades de saúde certificadas na Estratégia Amamenta Alimenta Brasil (EAAB), que tem como objetivo promover, proteger e apoiar as ações de amamentação, por meio de capacitação profissional realizada com oficinas de trabalho e planejamento de atividades de acordo com a realidade local.
“O leite materno é o alimento padrão ouro, fornecendo todos os nutrientes que o bebê precisa para o seu adequado desenvolvimento, devendo ser oferecido de forma exclusiva até os 6 meses e complementado até os 2 anos ou mais, conforme recomendação do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica a nutricionista Cristiele Carlosso, coordenadora da EAAB de Gravataí.
O aleitamento auxilia no desenvolvimento do sistema imunológico, protegendo a criança contra várias doenças, como diarreia, pneumonia, alergias e otites, e reduzindo o risco de mortalidade no primeiro ano de vida. Atua também na redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas, a exemplo da obesidade, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias. Para o recém-nascido, o leite materno ainda reduz problemas ortodônticos, fonoaudiológicos e não sobrecarrega os órgãos, por ser de fácil digestão e absorção.
À mãe, os benefícios dizem respeito à redução do risco de anemia, de desenvolver câncer de mama e de útero e de apresentar depressão pós-parto. “A amamentação também favorece o estreitamento dos laços afetivos entre mãe e bebê, é econômico e prático, pois está sempre pronto, na temperatura ideal”, reforça a profissional de saúde.
Atualmente, Gravataí possui 12 unidades certificadas pela EAAB: Granville, Itatiaia, Parque dos Anjos, Neópolis, São Marcos, Princesa Isabel, Nova Conquista, Águas Claras, Morada do Vale II, Aristides D’ávila, Cohab C e Costa do Ipiranga. A certificação representa um indicador importante na promoção à saúde para a população, à medida que a unidade de saúde é classificada como uma incentivadora da amamentação e da alimentação saudável complementar até os dois anos de idade.
Oficinas de trabalho
Pensando na educação permanente e na qualificação dos atendimentos à população, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem desenvolvido oficinas de trabalho junto a todos profissionais das unidades de saúde, envolvendo trabalhadores da recepção, da higienização e da assistência, como dentistas, auxiliares de saúde bucal, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. Neste mês, as ações se concentraram nas unidades de saúde Costa do Ipiranga, Itacolomi, Morungava e São Geraldo. No primeiro semestre deste ano, serão realizadas 11 oficinas de trabalho.
Com elas, explica Cristiele, objetiva-se qualificar o processo de trabalho dos profissionais da Atenção Primária à Saúde, bem como suas competências e habilidades, buscando o fortalecimento das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e a alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos. Nas oficinas, são abordados tópicos como situações sobre amamentação e alimentação complementar vivenciadas pelas equipes junto aos pacientes, abordando cinco tópicos: questões sociais, culturais, biológicas, de processo de trabalho e de abordagem.
Além disso, os trabalhadores recebem informativos para orientá-los da forma mais adequada para se comunicar com o paciente, a fim de aproximar a relação entre os profissionais de saúde e a população. Da mesma forma, os tutores da EAAB compartilham conhecimentos sobre alimentação infantil, incentivando o consumo de alimentos saudáveis e nutritivos para o bem-estar das mães e das crianças.
“Também temos a ideia de trabalharmos a educação continuada, com capacitações periódicas, sempre com o intuito de aprimorar os conhecimentos em amamentação e aleitamento materno, tanto para as unidades de saúde já certificadas quanto para aquelas que ainda não têm a certificação”, finaliza Cristiele.
