Cuidados e condutas na bronquiolite aguda

*Por Elisabeth de Fátima S. Paris, docente do curso Técnico de Enfermagem no Senac Gravataí, Graduada em Enfermagem, Pós Graduada em Urgência e Emergência e Docência no Ensino Superior

Elisabeth de Fátima S. Paris, docente do curso Técnico de Enfermagem no Senac Gravataí, Graduada em Enfermagem, Pós Graduada em Urgência e Emergência e Docência no Ensino Superior

Com a baixa umidade do ar no outono e inverno, a hidratação dos pulmões fica reduzida piorando os casos de doenças respiratórias como a asma, bronquite, pneumonia, entre outras (CARVALHO, 2020).

E, para piorar a situação, nesse ano, temos o coronavírus como o grande vilão coadjuvante que, nos casos mais críticos, ataca diretamente o nosso sistema respiratório.
Dentro das doenças respiratórias de inverno, temos a Bronquiolite que ataca os nossos pequenos, ou seja, as crianças com até três anos de idade, sendo que, o ápice da ocorrência realiza-se nos primeiros doze meses de vida.

A bronquiolite decorre de uma inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada por um vírus e agravada pelo acúmulo de muco. Isso dificulta a passagem do ar, causando sintomas parecidos com os da asma. Uma das causas da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que também pode provocar infecções de ouvido, laringite e até pneumonia. E esse não é o único vírus que pode causar bronquiolite: o rinovírus (do resfriado comum), o adenovírus, o influenza (da gripe) e outros também provocam a doença. Pesquisas indicam que bebês infectados por esse vírus podem ficar mais suscetíveis à asma e a outros problemas respiratórios no futuro, mas a relação não foi completamente estabelecida. Sintomas: Respiração rápida com exalações forçadas e longas, febre frequente, chiado no peito e tosse. Para outras, no entanto, sintomas mais leves, como nariz escorrendo, tosse e febre baixa, acabam se agravando e levando a dificuldades para respirar e, às vezes, chiado no peito. Muitos bebês também ficam irritados e inapetentes. Entre as crianças que estão mais vulneráveis a desenvolver uma insuficiência respiratória mais séria por causa do vírus da bronquiolite estão os bebês nascidos prematuros, os nascidos com problemas cardíacos ou pulmonares e aqueles com deficiências no sistema imunológico Nestes casos, a bronquiolite pode ser extremamente grave e deve ser tratada o quanto antes, no hospital.

O contágio dá-se como num resfriado: através do contato com a saliva e o muco, e as crianças maiores geralmente não adoecem tanto como as pequenas. Pode-se prevenir o contágio mantendo a criança doente em casa até que a tosse tenha passado por completo. Procure lavar as mãos depois do seu contato com a criança doente para evitar que o vírus se estenda a outras pessoas.

Recomendações:
– Evitar ao máximo, a presença de fumantes perto da criança;
– Fazer com que o bebê repouse e tome bastante líquido;
– Vaporizações podem aliviar os sintomas;
– É indispensável o acompanhamento médico num caso de bronquiolite.
Meta: Melhorar a troca gasosa dos pulmões.

Diagnósticos:
– Padrão respiratório ineficaz relacionado à presença de secreções excessivas ou espessas, secundárias à bronquiolite evidenciado por mudanças na frequência ou no padrão respiratório (a partir da linha basal), mudanças no pulso (FC, ritmo, qualidade).
– Risco de aspiração relacionado à depressão dos reflexos da laringe e da glote, secundário a sonda para alimentação.

Condutas:
– Manter cabeceira elevada;
– Verificar saturação de O²;
– Controle de sinais vitais;
– Observar e anotar padrão respiratório (retração ou cianose);
– Aspirar vias aéreas;
– Observar e anotar estado de consciência;
– Posicionar o bebê deitado de lado ou em posição supina, não em pronação.