A reinvenção do comércio é real e necessária

*Por Karine Pereira Gomes, pedagoga com MBA em Gestão de RH e coordenadora dos cursos técnicos de Administração, Qualidade e Informática do Senac Gravataí

No dia 16 de julho comemora-se o Dia do Comerciante. Considerado um dos trabalhos mais antigos do mundo, é uma atividade verdadeiramente relevante para o desenvolvimento econômico. Os empreendedores do comércio pertencem a uma das classes mais competitivas, do mesmo modo enfrentam as inúmeras demandas do consumidor diariamente. Fazendo referência ao que os gregos chamavam de poiesis, que significa minha obra, aquilo que faço, que construo, em que me vejo, os empreendedores do comércio têm em suas empresas uma grande obra que contribui com o desenvolvimento local, gerando empregos, movimentando a economia e inspirando novos empreendedores.

Todos os segmentos e pessoas precisam reinventar sua forma de atuar, pensar, consumir e viver.

Os comerciantes nunca deixam se abater diante das adversidades impostas. Neste momento podemos citar a pandemia da Covid-19, que trouxe com ela muitas dúvidas, como exemplo de resiliência. O segmento do comércio foi certamente um dos mais afetados mas, seguramente, esses empreendedores são os mais preparados para reinventar-se diante das adversidades. Segundo o filósofo e escritor Mário Cortella, a dúvida é importante: “cuidado com gente que não tem dúvida. Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de ser de outro modo. Gente que não tem dúvida, só é capaz de repetir”. A pandemia trouxe as dúvidas e as empresas devem buscar oportunidades para a inovação e melhoria dos empreendimentos, do atendimento e da diversidade dos produtos e serviços. Por isso, separei algumas dicas para os comerciantes que precisam de uma forcinha para driblar a crise:

– É preciso estreitar cada vez mais o relacionamento com os clientes, entender melhor suas necessidades que podem ter mudado no momento atual. Clientes que não utilizavam delivery precisam contar com este serviço agora, por exemplo;

– Optar por fornecedores locais pode auxiliar na diminuição de custos, como na logística e armazenamento de produtos. A economia colaborativa é uma boa escolha, as empresas locais podem formar parcerias com as quais os negócios se complementam com ganhos mútuos;

– Estímulo aos consumidores para que valorizem o comércio local. Uma alternativa para que isso aconteça é elaborar um programa de fidelidade, criar uma campanha de marketing em parceria com outros comércios da mesma região, assim como buscar apoio dos agentes públicos.

Todos os segmentos e pessoas precisam reinventar sua forma de atuar, pensar, consumir e viver.  Você comerciante e empreendedor que enfrenta desafios diários, promove e aproveita as novas oportunidades, conseguirá reinventar seu negócio.