Projeto Cão Sem Dono acolhe e encaminha animais para novos lares; saiba como ajudar

ONG mantém um sítio com mais de 100 animais para adoção

Rafaela (rosa) com os voluntários em uma feira na Redenção

O Brasil é o segundo país do mundo em população de cães e gatos, com um total de 55 milhões. Desse número, cerca de 30 milhões estão em situação de abandono no país, segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante dessa triste realidade, várias ONGs dedicadas à causa conscientizam, resgatam, cuidam e arranjam um novo lar para esses animaizinhos. Este é o caso do Projeto Cão Sem Dono, criado em 2016 pela estudante de medicina veterinária Rafaella Barcellos Markiewicz.

A instituição resgata, abriga, trata, reabilita, castra e encontra uma família para os bichanos em lares seguros não só de Gravataí, mas também Porto Alegre e Região Metropolitana. Atualmente, a ONG mantém um sítio na área rural com mais de 100 animais que recebem cuidados veterinários, alimentação adequada e carinho.

Mais de 100 animais esperando por um novo lar

Para manter a infraestrutura, o projeto conta com a ajuda de doações. O dinheiro arrecadado é utilizado na compra de sacos de rações, vacinas e para fazer castrações. Além disso, o valor ajuda na compra de material de limpeza e medicamentos como vermífugos e anti-pulgas.

Mas se engana quem pensa que os gastos param por aí. Também fazem parte das despesas artigos de enfermaria como gaze, algodão, soro fisiológico e seringas, materiais de higiene, caixas para transporte e artigos de bem estar como brinquedos, caminhas, almofadas, cobertores, roupas e toalhas.

Média de 25 kg ração por dia

Como o gasto diário do sítio é alto e as doações não são fixas, Rafaela decidiu montar com o marido Leonardo Machado uma hospedaria. “Abrimos o sítio Dog Marley, um hotel para cachorros de todas as raças, portes e que toda a renda é revertida para o projeto. Foi mais uma maneira que achamos de conseguir arcar com os custos”, conta.

Rafaela fazendo o resgate de um animal

Rafaela lamenta que ainda o número de adotantes seja pequeno comparado ao de animais abandonados. “Em média conseguimos adotar uns 10 por feira, mas eu tenho cachorros que estão esperando por um lar há mais de cinco anos. Sabemos que quanto mais velhos, mais difícil de serem adotados”, frisa a ativista.

O abandono de animais que é frequente durante o ano, aumenta neste período de festas e de férias escolares, segundo Rafaela,. “Essa época é a pior de todas, as pessoas querem viajar e simplesmente abandonam seus animais. Com tantos animais nas ruas eles acabam se reproduzindo e vemos muitas ninhadas nessa época tanto de gato quanto de cachorro.”

Faça parte do projeto

Cerca de 10 animais são adotados por feira

Rafaela relata que voluntários são sempre bem-vindos para colaborar na organização e logística de feiras de adoção que acontecem todo final de semana. “Hoje de 10 a 15 voluntários ajudam transportando os bichinhos até a feira, arrumando o local, limpando as gaiolas, mas esse número é muito pequeno”, exemplifica.

Outra forma de ajudar é arcando com os gastos de um animalzinho. Com um valor mensal você ajuda a manter um animal fora das ruas até que ele seja adotado. Agora, se você se encantar com algum dos animais e quiser adotá-lo em definitivo, estará contribuindo tanto para o bem-estar dele como o seu próprio.

Animais e tutores saem felizes

Para colaborar ou adotar, entre em contato com a ONG através da página no Instagram @projetocaosemdono ou pelo telefone (51) 992728270.