O primeiro mês do ano celebra a campanha do Janeiro Branco, iniciativa que destaca a importância dos cuidados com a saúde mental. A Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promove, nas unidades de saúde, grupos de apoio e de saúde mental. Por conta da pandemia, as atividades presenciais foram interrompidas, incentivando os grupos a buscarem novos formatos que se adequassem ao cenário atual.
A Unidade de Saúde da Família (USF) Parque dos Anjos criou o projeto “Plantando que se colhe”, uma iniciativa que tem como objetivo revitalizar uma área pouco utilizada na unidade. Aos poucos, o projeto foi recebendo cada vez mais integrantes e com isso transformaram um local pouco utilizado, em uma bela área de convivência, com flores e mudas frutíferas.
A agente comunitária de saúde Luciane Bernardo, que coordena o projeto em conjunto com a também agente Lucinara Ferreira, destacou que o material utilizado foi todo doado pela comunidade local. “Nós recebemos doação desde mudas de flores e terra até pneus e garrafas de plástico, todo material é reaproveitado, pois destacamos muito a importância da sustentabilidade”, disse.
Atualmente, o grupo conta com cerca de 200 pessoas que participam direta e indiretamente do projeto. Com isso, expandiu suas atividades, visando oferecer outras maneiras de exercitar o corpo e a mente, através de oficinas de artesanato, costura e pintura. Além de palestras temáticas como saúde do homem, nutrição e violência contra mulher.
Integrante do “Plantando que se colhe”, Dona Irena destaca os benefícios que a participação lhe trouxe. “O projeto foi maravilhoso, porque conhecemos muitas pessoas. Trocamos receitas de chá, conselhos e palavras de apoio”. Dona Marlene, outra participante, lembra da mudança que o grupo trouxe para aquele espaço. “Resgatamos um pedacinho de terra e transformamos em um belo jardim que floresce não só plantas, mas também muito amor e carinho”.
A iniciativa traz diversos benefícios terapêuticos e de generosidade, através do contato com a natureza, trocas de mudas de plantas e preocupação com o próximo. A coordenadora da unidade, Mariana Santiago, ressalta a importância que o grupo tem no ânimo das pacientes. “Nós conseguimos perceber o brilho nos olhos das pacientes, elas realmente se dedicam muito a este projeto. Para elas serve como uma terapia em que não precisam ficar lembrando dos problemas e, ao invés disso, se ocupam de outras formas”.