1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIAPN+ é realizada na Casa de Cultura de Gravataí

Crédito: Eduarda Luzia

Em ato inédito, Gravataí proporcionou espaço para diálogos com o poder público para assuntos relacionados à população LGBTQIAPN+. A 1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIAPN+ foi realizada nesta segunda-feira, 16, na Casa de Cultura de Gravataí.

Promovido pela Secretaria Municipal da Mulher e Direitos Humanos (SMHD) junto com a Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+, o evento objetivou a construção de políticas públicas para a população LGBT+ no município, além fortalecer meios de acolhimento, que garantem mais dignidade, proteção e oportunidades.

Em sua fala no painel de abertura do evento, a secretária da SMDH, Analu Sônego, reforçou o intuito da conferência e das políticas públicas. “Nossa secretaria junto à assessoria está sempre de portas abertas à população citada, e principalmente para viabilizar esse tipo de evento, que fortalece o elo entre a sociedade civil e o poder público para garantir mais direitos”.

Com mais de 50 inscrições antecipadas e diversos participantes inscritos no ato, a conferência abordou quatro eixos de debates: enfrentamento à violência, trabalho digno e geração de renda, interseccionalidade e internacionalização e institucionalização da Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. Os assuntos debatidos serão apresentados na conferência estadual e outros possíveis eventos relacionados à causa.

Representando a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos do Rio Grande do Sul, a diretora adjunta do Departamento de Diversidade e Inclusão Glória Crystal enalteceu eventos como a conferência e falou sobre direitos. “Políticas públicas, eventos e conferências são responsáveis por manter mais pessoas trans vivas (…) E não estamos falando sobre privilégios, mas sim sobre dar direitos para uma população inviabilizada”.

Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH) e da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos, reforçando a necessidade das políticas públicas e serviços de saúde voltados à população LGBT+. Representando o Serviço de Assistência Especializada (SAE) da Secretaria Municipal de Saúde, Juliana Rosa, apresentou dados sobre saúde, além de explanar sobre os serviços de conscientização do SUS, bem como as determinantes de iniquidades na saúde da comunidade referida.

Plenária e escolha de delegados

O evento seguiu com apresentação da Assessoria Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+, formação de grupos para trabalhar eixos, plenária para aprovar propostas e escolha dos delegados, que vão representar Gravataí na 4ª Conferência Estadual LGBTQIA+ em agosto. Márcio da Costa, Libanês Lima, Liniker Fraga, Fernanda C., Ana Godoy, Vivian Anne, Thais Maciel, Isabella Leal, João Vitor A., Caroline Côrrea, Ana M. Silvino e Leonardo Salles foram escolhidos para compor a delegação.

Também fizeram parte da conferência municipal, o secretário adjunto de Cultura, Giulliano Pacheco, o assessor de Políticas Públicas LGBTQIA+, Leonardo Salles, a assessora jurídica da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, Thaís Marcelino, as vereadoras Anna Beatriz e Vitalina e a coordenadora da Casa de Cultura, Ângela Xavier.

 

Entenda a sigla LGBTQIAPN+:

L = Lésbica

G = Gay

B = Bissexual

T = Transexual/Travesti

Q = Queer

I = Intersexual

A = Assexual

P = Pansexual

N = Não-binária

+ = Mais (demais orientações sexuais e identidades de gêneros)