Educação de Trânsito semeia consciência e segurança em Canoas

Há 20 anos, o servidor Marcos Carus se dedica a melhorar a relação entre motoristas e pedestres, na cidade

O direito constitucional de ir e vir parece bonito enquanto expressão jurídica, mas na prática é o nosso dia a dia ao cruzarmos o portão de casa em direção ao trabalho, à escola, ao parque, às compras, à parada de ônibus. Em todos esses cenários, estamos inseridos no trânsito, seja como motoristas ou pedestres. Essa relação social passa por diversos critérios de segurança e respeito às normas. As infrações e acidentes são fatos que mostram que nem tudo está indo bem.

Com o dom e o talento de promover uma convivência melhor no trânsito de Canoas, o servidor público Marcos Carus, atua como agente e chefe de educação na secretaria de Transportes e Mobilidade. Há 20 anos, ele se dedica de forma profissional e voluntária para uma conscientização que preserve a vida. Sua convicção aumentou quando sua filha de 11 anos foi atropelada e veio a óbito, no ano de 2006.

Crianças, jovens e adultos

Carus realiza, em média, 30 palestras mensais em diversas instituições e empresas de Canoas, de crianças do Ensino Infantil à profissionais das rodovias. “Com os pequenos, procuro fazer atividades lúdicas, brincadeiras e a reconhecerem as sinalizações e principalmente, em saber atravessar ruas usando faixas de segurança e sinaleiras. Nas séries superiores, abordo os cuidados com bicicletas e os danos causados em acidentes por imprudência no volante”, explicou.

Pela comunidade, Carus vai a empresas e também em Centros de Formação de Condutores (CFCs) estreitando a relação entre agentes de trânsito e motoristas. “Para esse público, explico que as maiores causas de acidentes são o excesso de velocidade e a desatenção. Eu levo uma coletânea de fotos para mostrar os riscos e a fatalidade das imprudências. Essas palestras têm momentos afetivos e racionais, o que faz com que todos se envolvam e compreendam a seriedade do assunto”, detalhou.

 EMEF Farrroupilha

Nessa segunda (7), a formação foi para os alunos do terceiro ano da EMEF Farroupilha, no bairro Nossa Senhora das Graças. Em um misto de brincadeiras e informações, as crianças de oito e nove anos interagiam e prestavam atenção em tudo. “Antigamente, as crianças maiores de 10 anos podiam andar no banco da frente. Hoje, essa lei mudou. Para andar na frente é preciso ter altura maior de um metro e 45 centímetros, por causa do cinto de segurança, que não pode pegar no pescoço. Então, o que decide é o tamanho e não mais a idade”, revelou.