Direções dialogam e buscam soluções para o HU e o Centenário

Cedência do microscópio deve beneficiar também pacientes de São Leopoldo atendidos no complexo de Canoas

A direção do Hospital Universitário de Canoas (HU) recebeu a direção do hospital Centenário de São Leopoldo. Durante reunião realizada nesta terça-feira (23), ficou encaminhada a elaboração de um termo de cooperação entre os entes públicos visando a cedência de um microscópio neurológico. O pedido foi feito uma vez que o HU é referência para 15 municípios no atendimento de alta complexidade em neurocirurgia, incluindo São Leopoldo, que deixou de fazer cirurgias nesta área nos últimos anos.

“Nossa proposta, que deve avançar em uma próxima reunião, busca
qualificar ainda mais a realização das cirurgias neurológicas no HU, atendendo ainda melhor os pacientes de São Leopoldo também”, pontua a diretora-geral do HU, Ana Paula Macedo. Além dela, o diretor técnico, Paulo Nader, e a diretora assistencial, Luciana Feldens, também participaram dessa conversa inicial com a diretora do Hospital Centenário, Lilian Silva, a vice-presidente de Operações, Simone de Souza, e a secretária municipal de Saúde, Paula Suseli Silva.

Contrastes em falta pautou conversa

Durante a reunião, entre as direções do HU e Centenário, também foi discutido o problema nacional sobre a escassez de Contrastes Radiológicos. O Governo do Estado emitiu uma Nota Técnica referente a situação no último dia 15 de agosto. Conforme o documento, segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia, o problema foi causado por lockdown determinado na China nos primeiros meses deste ano, que paralisou o trabalho de uma das maiores fábricas produtoras mundiais do insumo.

Mesmo a fabricação já restabelecida, há previsão de escassez de contraste por mais algum período no Rio Grande do Sul, afetando os exames e procedimentos que utilizam esse insumo. Entre os procedimentos mais afetados estão as tomografias com contraste, angiotomografias, cateterismos cardíacos, angiografias em geral, angioplastias coronarianas e periféricas e embolizações.

No HU, estão sendo priorizados apenas os casos considerados de urgência e emergência. “A situação afeta todos os procedimentos de hemodinâmica, nas áreas de cardiologia, vascular e neurológica, e traz preocupação”, destacou a diretora-geral do HU, Ana Paula Macedo.

“Nossa linha de trabalho é buscar soluções conjuntas, estabelecendo parcerias com outros hospitais, para fazermos os serviços funcionarem”, salienta Ana. A diretora do Centenário, Lilian Silva, mostrou bastante preocupação sobre a situação da falta de contrastes e como isso impacta nos atendimentos.