3º Encontro de Oyás celebra Dia Nacional da Consciência Negra

Foto: Alisson Moura/PMC

Empoderamento feminino, ecologia, alegria, arte e artesanato e a resistência das culturas e religiões afro-brasileiras fizeram com que o 3º Encontro de Oyás de Canoas marcasse a data nacionalmente conhecida pela reflexão aos povos negros. No Dia da Consciência Negra, o Parque dos Rosa recebeu dezenas de pessoas que puderam aprofundar conhecimento na tradição das matrizes africanas.

A ação foi organizada pelo Centro de Religião de Matriz Africana Ilê Axé de Oyá Dirã, que tem como Yalorixá Glaci Mello – Maninha de Oyá, em parceria com a Coordenadoria das Diversidades e Comunidades Tradicionais e a Coordenadoria da Igualdade Racial e Imigrantes. O encontro contou com apresentações musicais, teatrais e encenações que representam as características das filhas de Oyá. Quem passou por lá também pode curtir a feira de artesanato denominada “A força da arte e do artesanato negro rompendo barreiras”.

A Yalorixá Maninha de Oyá lembra que o objetivo do encontro foi reunir as mulheres, filhas de Oyá, em uma atividade alegre, de empoderamento feminino e, principalmente, por acontecer no dia 20 de novembro, uma data tão forte e simbólica, que representa a cultura da religião de matriz africana. “O evento acontecer aqui, na Casa dos Rosa, é a resposta da nossa religião, em meio a natureza. Esse fomento à inclusão da população negra e das comunidades de matriz afro-brasileiras em todos os espaços é fundamental. Eu só tenho a agradecer por conseguirmos reunir as mulheres e trabalhar cada vez mais as características das filhas de Oyá, como a coragem, o desejo de aprender, a força, o espírito guerreiro, o amor, a inteligência, a liberdade, o respeito a si própria e aos outros”, comemorou.

PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
O evento também marcou o início das atividades dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, organizado pela Coordenadoria de Mulheres de Canoas em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher(COMDIM), que realizou a entrega de material informativo sobre a rede de proteção e enfrentamento a violência contra a mulher.

Fabiane Lara, vice-presidente do COMDIM, reiterou que é fundamental que todos saibam como denunciar uma situação de violência contra a mulher. “A Yansã era uma guerreira, ninguém mandava nela e a nossa rede de enfrentamento trata disso, das mulheres poderem viver a vida delas da maneira que elas quiserem, com liberdade, com direito e sem violência”, destacou.