O Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (SIMCA) voltou a se filiar à Central Única dos Trabalhadores (CUT) nesta quarta-feira (22) em Assembleia Geral Extraordinária realizada na Câmara de Vereadores.
Estiveram presentes o Presidente da CUT-RS, Professor Amarildo Cenci, a Presidente do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul — CPERS Sindicato, Helenir Schürer, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Cachoeirinha, Marcos Müller, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Adriano Filipetto, e a Diretora do 22º Núcleo do CPERS-Gravataí, a Professora Leticia Coelho.
A Coordenadora do SIMCA, Valdete Moreira, destaca que “é um momento histórico para nosso sindicato. Refiliar o SIMCA à CUT significa tornar nossa entidade mais forte e amparada pela Maior Central Sindical do Brasil”.
A categoria entende que a CUT tem uma atuação em nível nacional e estadual que possibilita ao SIMCA ampliar a luta e fortalecer as pautas dos servidores públicos do município de Cachoeirinha. Com o objetivo de conectar às lutas nacionais, como as campanhas lançadas recentemente pelo pagamento dos Pisos do Magistério e da Enfermagem, o Enquadramento das Atendentes de Educação Infantil, a defesa dos serviços públicos de qualidade com valorização dos servidores, contra a Reforma Administrativa e a terceirização.
RESGATE HISTÓRICO DAS FILIAÇÕES
Assim que foi fundado, o SIMCA buscou a conexão com a CUT. No início dos anos 2000, o Sindicato realizou debates no Congresso, nos locais de trabalho, e a partir disso, em 2003, a categoria optou pela filiação. Pouco tempo depois, em 2006, a desfiliação é pautada por uma nova direção, e segundo relatos dos servidores sindicalizados à época, não houve debate com a base da categoria, nem ampla participação dos sócios.
A Ex-Presidente do SIMCA e professora aposentada, Olga Justo, à frente da gestão que filiou em 2003, afirma que, para ela, “faz muito sentido que a categoria se unifique com outras categorias. A Central Única dos Trabalhadores veio antes do sindicato e eu honro quem vem primeiro. Foi a partir da criação da Central que os sindicatos renasceram no Brasil a partir dos anos 80, com segurança e força”.
Para a Professora Aposentada e Sócia do SIMCA, Ester Guareschi, “a filiação a esta Central Representava, lá em 2003, e representa ainda hoje, o fortalecimento e a ampliação da luta sindical. Aquele movimento, ora municipal, passa a ter uma abordagem estadual e nacional”.
A Gestão Somar, liderada pela Professora Valdete Moreira, desde que assumiu a Direção do Sindicato em 2021, resgata o debate e o legado histórico da luta sindical da CUT em Cachoeirinha, percorrendo os locais de trabalho, organizando os setores em comissões de discussão e trabalho, desencadeando a Assembleia com ampla participação dos sócios e sócias em favor da rearticulação com a Central Sindical.
Fundada em 28 de agosto de 1983, completou 40 anos este ano. Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5a maior do mundo.
O Presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, enfatizou que, com o retorno do SIMCA, fica mais fortalecido o compromisso de lutar pela reconstrução de um Brasil soberano, de direitos para trabalhadores e trabalhadoras, contra os interesses do capital e em favor de um país livre e democrático. “A categoria voltou para a CUT para resistir contra a Reforma Administrativa, pelo fim da cobrança dos aposentados, pela defesa do pagamento do piso nacional do Magistério e da Enfermagem, por trabalho decente e melhorias para a vida da classe trabalhadora”, disse.
Da mesma forma, a Professora aposentada, Adiles Lima, comemora o fato e ressalta a história de luta da Central. “A CUT sobrevive à história do Brasil. Hoje, está aí, forte em nível de Brasil. Cachoeirinha não é uma bolha. Nós vamos refazer a nossa experiência”, afirma.
Dentre os princípios defendidos pela CUT estão de igualdade e solidariedade, tendo como objetivos organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e aposentados, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática.