Carimbar um desenho com a placenta materna e ainda registrar a lembrança dos pezinhos do bebê recém-nascido. Com este olhar humanizado, há três meses a equipe de enfermagem do Centro Obstétrico do Hospital Universitário de Canoas realiza o projeto Árvore da Vida. A arte, que usa a imagem formada pelo órgão, é produzida com o uso de tinta guache colorida e folha de ofício A3.
Nesta sexta-feira (12), a técnica de enfermagem Eduarda da Rosa dos Santos, ao lado da enfermeira Bruna Fagundes, fez o print da placenta da paciente Sabrina da Costa Espíndola, de 22 anos. Ela recebeu a lembrança da árvore da vida desenhada com a sua placenta e com o carimbo dos pezinhos da filha Sophia, que nasceu na manhã desta sexta, às 8h26, com 47cm e 2.755kg.
“A gente chega aqui com ansiedade e medo, mas depois do nascimento da Sophia foi só felicidade”, comentou Sabrina após receber a árvore da vida com os dados de nascimento da sua primeira filha.
”Símbolo que perpassa pela fecundidade e imortalidade, a placenta é a primeira morada dos seres humanos, ela realiza a comunicação entre o corpo da mãe e o feto, facilitando a troca de nutrientes para proteger e sustentar a gravidez , sendo esse um dos maiores vínculos entre a mãe e o bebê durante toda gestação”, explica a enfermeira coordenadora da Saúde da Mulher no HU, Adriane Boff.
A árvore da vida feita com o print da placenta busca eternizar a gestação. “O Centro Obstétrico do HU realiza uma ação afetiva, onde após o nascimento a família do bebê pode levar para casa o carimbo da placenta da mãe grafado em uma folha de papel A3 com tinta guache. É uma forma de humanização, de carinho, de lembrança do hospital onde nasce o bebê e do momento único do nascimento”, completa a coordenadora.
