A terceira escola mais antiga de Canoas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Sete de Setembro, oferecerá uma nova estrutura para os seus alunos e professores em 2023. O local contará com rampa para alunos cadeirantes, ligação por passarela aos demais blocos e acessibilidade nos banheiros e pavimentos superiores.
Sinônimo de comprometimento, trabalho e excelência, a reconstrução da escola contribuirá para que a jornada educacional seja potencializada. Localizada entre os bairros Olaria, Estância Velha, Nazário e Guajuviras, ela recebe alunos de todas as comunidades e, atualmente, tem capacidade para atender 561 estudantes e 35 por turma.
A secretária adjunta de Gestão Escolar, Érida Lemos do Amaral, destaca o trabalho desenvolvido pela EMEF em meio às dificuldades. “Muitas vezes a gente pensa que o pedagógico não tem a ver com o estrutural, mas dentro da educação um completa o outro. Com um espaço adequado e instalações com mais qualidade, automaticamente o trabalho pedagógico flui na mesma proporção”, explica.
Porém, conforme a secretária, é importante ressaltar que o trabalho pedagógico não está limitado ao espaço. A maioria das escolas municipais comprovam, ano após ano, que apesar de muitas estruturas não estarem 100%, isso não afeta ou impede que uma educação pública de qualidade seja oferecida. “Como administração e governo, trabalhamos para desenvolver políticas públicas que unem essas duas bases para a construção de uma educação de qualidade e excelência para a comunidade”.
A reconstrução tem como objetivo substituir a estrutura de PVC por alvenaria. Conforme a orientadora da EMEF Sete de Setembro, Márcia Machado, a obra irá potencializar o ensino. “Estamos com essa estrutura atual há quase oito anos. A partir do momento que a gente enxerga a estrutura nova sendo erguida, escuta o barulho da obra, que inclusive não atrapalha de jeito nenhum, pelo contrário, é vibrante ouvir a obra crescendo, a gente fica muito feliz e ansiosa para ver tudo pronto.”
Estrutura de PVC será reconstruída em alvenaria
Estrutura em alvenaria em construção
Além da ampliação e construção em alvenaria, a nova estrutura da EMEF terá acessibilidade. Ainda segundo a orientadora da escola, a implementação de acessibilidade na instituição de ensino é importante e necessária para impulsionar a inclusão dentro e fora da sala de aula. “Nós temos um aluno cadeirante, o Murilo, que precisou se afastar para cirurgias, e já consigo imaginar a alegria dele quando descobrir que a escola terá elevador na nova estrutura, para ele subir e descer, e entrar como todo mundo na sala de aula”.
Entrada de cimento feita para facilitar o acesso de Murilo à escola
Para a supervisora da EMEF, Andréia Müller Vieira, a estrutura pedagógica da escola é surpreendente. “Eu sempre trabalhei em instituições privadas e quando cheguei na escola e me deparei com uma estrutura bem diferente da realidade que estava acostumada percebi o quão incrível é o trabalho realizado pelos profissionais, que ofereçam muita qualidade no ensino público.”
Nova estrutura
A nova estrutura contará com 11 salas de aula, além de espaços para direção, vice-direção, supervisão, orientação, secretaria, sala de professores, refeitório, cozinha, despensa, área de serviço, cantina, sanitário de funcionários, sanitário para alunos, laboratório de ciências e laboratório de informática. As obras de acessibilidade incluem rampa, elevador, pavimentos superiores, ligação por passarela aos demais blocos e também sanitários para pessoas com necessidades especiais. Além disso, no pátio interno terá quadra esportiva aberta de 618,79m², horta de 195m², torre de reservatórios com 20,2 m² e estacionamento para os professores.
A EMEF Sete de Setembro foi fundada no dia 9 de novembro de 1943. Na época, se chamava Escola Municipal 10 de Novembro. O atual nome foi consolidado no dia 24 de junho de 1999, conforme decreto municipal. Há dez meses de completar 80 anos de um legado histórico e em desenvolvimento no município, as obras na escola se intensificaram nas férias dos alunos para que a entrega seja o mais adiantada possível. Segundo a arquiteta do Escritório de Projetos da Prefeitura (EPRO) e supervisora do contrato, Matilde Paredes, a obra está em 30%, e a previsão de conclusão é até o final de 2023.
